Marco histórico: varejo pet cresce 16,4% em 2022 e fatura R$ 60,2 bilhões


Pet shops pequenos e médios representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet

O Instituto Pet Brasil (IPB) divulgou o balanço de 2022, com base no desempenho do mercado pet até 31 de dezembro. O documento aponta que o faturamento do setor cresceu 16,4% em 2022, chegando aos R$ 60,2 bilhões.

A marca supera a projeção anterior, feita a partir de dados do terceiro trimestre, que era de 15,8% (R$ 59,9 bilhões). O faturamento consolidado de 2021 foi de R$ 51,7 bilhões, alta de 27% sobre 2020, que registrou faturamento de R$ 40,9 bilhões, segundo o IPB.

A instituição anuncia trimestralmente as projeções do faturamento anual. Já o faturamento consolidado do ano é divulgado no início do ano seguinte. 

O presidente do Conselho Consultivo do IPB, Nelo Marraccini, destaca que o crescimento acompanhou a tendência do setor para 2022: “Já havia uma expectativa pela aceleração ainda maior na segunda metade do ano, com a melhoria da inflação e do Produto Interno Bruto no país. Os números apresentados nesse fechamento confirmaram essa expectativa”.

 

Pet shops pequenos e médios representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet (Foto: Reprodução)

No levantamento divulgado (jan-dez), o segmento de Pet Food fechou o ano com um faturamento de R$ 33,7 bilhões (56% do total). O maior segmento do setor, com um faturamento de mais da metade do todo, teve o segundo maior crescimento, ficando atrás somente de Pet Care, que aumentou 20%.

Em seguida, a venda de animais de estimação diretamente dos criadores tem a projeção de movimentar R$ 6,3 bilhões (10,4% do faturamento total e alta de 11,3% em relação a 2021). Em terceiro lugar, está o segmento Pet Vet, que é a venda de medicamentos veterinários, com R$ 5,9 bilhões (9,9% do faturamento do mercado e a projeção de alta que passou de 11% no primeiro semestre para 12,5%).

Os demais segmentos são serviços veterinários (R$ 5,6 bilhões, 16,2% de alta e uma fatia de 9,4% do mercado), serviços gerais (R$ 5,3 bilhões, 10,9% e 8,8% respectivamente) e Pet Care, os produtos de higiene e bem-estar animal, (R$ 3,3 bilhões, 20% e 5,5%).

Com uma fatia de 48,7%, os pet shops pequenos e médios representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet. Com alta de 17,9%, esse canal de acesso dos consumidores projeta faturamento de R$ 29,3 bilhões no ano.

As clínicas e hospitais veterinários se mantiveram como segundo principal canal de acesso aos produtos e serviços, com um aumento de 17,3% em relação a 2021. Com R$ 10,8 bilhões, eles representam 18,1% do faturamento total.

Com 6% da fatia do mercado, o e-commerce pet tinha R$ 1,44 bilhões de faturamento em janeiro de 2020 e chegou aos R$ 3,60 bilhões no final de 2022, um aumento de mais de 150%. Já o e-commerce especializado foi o que liderou as vendas em 2022, com participação de 41% sobre o faturamento total, movimentando R$ 1,48 bilhão do total.

Neste segmento, o e-commerce de Mega Stores superou o de pequenos e médios pet shops na segunda colocação, com um faturamento de R$ 935 milhões, contra R$ 859 milhões. Clínicas e os hospitais veterinários, agrolojas, varejo alimentar (mercados e mercearias) e outros (como clubes de serviços, lojas de conveniência e farmácia) completam a lista.

Para 2023, Marraccini afirma que as previsões indicam uma maior cautela, devido às instabilidades econômicas e prováveis alterações nas legislações que alavancaram o comércio e serviços, além da discussão ainda sem previsões sobre o término da reforma tributária. “Esses pontos preocupam os players do Setor e indicam um ano com crescimento inferior aos anteriores”, finaliza.

 

Fonte: IPB, adaptado pela equipe Cães&Gatos.

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